Acreditai, vós que Me escutais, lendo estas palavras: Se todos os homens que estão longe da nossa Igreja Católica ouvissem falar deste Pai que os ama, que é o seu Criador e seu Deus, deste Pai que lhes deseja dar a vida eterna, uma grande parte
Se não podeis ir diretamente falar-lhes assim, procurai os meios: mil maneiras diretas ou indiretas, pondo mãos à obra com um verdadeiro espírito de perseverança e um grande fervor, e Eu prometo-vos que os vossos esforços serão em breve, por uma graça especial, coroados de grandes êxitos. Tornai-vos apóstolos da minha Paternal Bondade e, com o zelo que Eu vos der a todos, sereis fortes e poderosos sobre as almas.
Eu estarei sempre junto de vós e em vós: se fordes dois a falar, Eu estarei entre vós, se fordes mais numerosos, Eu estarei no meio de vós; assim, direis o que Eu vos inspirar e colocarei nos vossos auditores as devidas disposições; deste modo os homens serão vencidos pelo Amor e salvos por toda a eternidade.
Quanto aos meios para honrar-Me como Eu desejo, só vos peço uma grande confiança. Não penseis que espero de vós austeridades, macerações, que vos quero fazer andar de pés descalços ou com a face prostrada por terra na poeira, fazer-vos cobrir de cinza, etc. Não, não! Quero e gosto que vos mantenhais coMigo no vosso lugar de crianças com simplicidade e confiança para coMigo!
Convosco, far-Me-ei todo para todos, como o Pai mais terno e mais amante. Familiarizar-Me-ei com todos vós, dando-Me a todos, fazendo-Me pequeno para vos tornar grandes para a Eternidade.
A maior parte dos incrédulos, dos ímpios e das sociedades secretas, permanecem na sua impiedade e incredulidade porque julgam que Eu lhes peço o impossível, que se têm de submeter às minhas ordens do mesmo modo que escravos a um senhor tirânico, que se mantém envolvido no seu Poder e que permanece, pelo seu orgulho, distante dos seus súditos, para os obrigar ao respeito e dedicação. Não, não, meus filhos! Eu sei fazer-Me pequeno, mil vezes mais do que sois capazes de supor!
Contudo, o que exijo é a observância fiel dos meus Mandamentos, que dei à minha Igreja, para que sejais criaturas racionais e não vos assemelheis aos animais pela vossa indisciplina e as vossas más inclinações, para que enfim possais conservar esse tesouro que é a vossa alma, e que Eu vos dei na total beleza divina de que a revesti!
Depois, fazei, doravante, como Eu desejo, o que já vos fixei, para Me honrardes com um culto especial. Que isso vos faça compreender a minha Vontade de vos dar muito e de vos fazer participar, em larga medida, no meu Poder e na minha Glória, unicamente para vos tornar felizes e vos salvar, para manifestar o meu único Desejo de vos amar e ser amado por vós.
Se Me amardes com um amor filial e confiante, tereis também um respeito cheio de amor e submissão à minha Igreja e aos meus representantes. Não um respeito como o que tendes agora e que vos mantém à distância de Mim, porque vos assusto, um falso respeito; é uma injustiça que fazeis à Justiça, uma ferida na parte mais sensível do meu Coração e um esquecimento, um desprezo do meu Amor Paternal para convosco.
O que mais Me afligiu no meu povo de Israel e Me aflige ainda na humanidade atual, é este respeito mal entendido para coMigo. O inimigo dos homens serviu-se disso para os fazer cair na idolatria e nos cismas. Serve-se ainda e servir-se-á sempre dele para vos afastar da Verdade da minha Igreja e de Mim. Ah! Não vos deixeis mais arrastar pelo inimigo! Acreditai na Verdade que vos acaba de ser revelada e caminhai à luz desta Verdade.
Vós, meus Filhos, que vos encontrais fora da Igreja Católica, sabei que não estais excluídos do meu Amor Paterno. Dirijo-vos um terno apelo, porque também vós sois meus Filhos! Se vivestes até agora nas ciladas que o demônio vos armou, reconhecei que ele vos enganou e vinde a Mim, vosso Pai, e Eu receber-vos-ei com amor e alegria!
Também vós, que não conheceis qualquer outra religião a não ser aquela em que nascestes, e tal religião não é verdadeira, abri os olhos: eis o vosso Pai. Aquele que vos criou e vos quer salvar. Venho ter convosco para vos trazer a Verdade e com ela a salvação. Vejo que não Me conheceis e que não sabeis que Eu não desejo de vós senão que Me conheçais como Pai e Criador e também como Salvador. É por causa dessa ignorância que não Me podeis amar. Sabei, pois, que Eu não estou tão longe de vós como pensais!
Como é que depois de vos ter criado e adotado pelo meu Amor vos poderia deixar sós? Sigo-vos por todo lado, protejo-vos de tudo, para que tudo se torne uma demonstração da minha grande liberalidade para convosco, apesar dos vossos esquecimentos das minhas infinitas Bondades, esquecimentos que vos fazem dizer: "É a Natureza que nos fornece tudo, que nos faz viver e que nos faz morrer". Eis o tempo da Graça e da Luz! Reconhecei, pois, que Eu sou o único Deus Verdadeiro!
Para vos dar a verdadeira felicidade nesta vida e na outra, desejo que façais o que vos proponho nesta Luz. O tempo é propício não deixeis escapar o Amor que se oferece ao vosso coração de uma maneira tão sensível. A todos Eu peço, como meio, que assistam à Santa Missa segundo a Liturgia, pois é-Me particularmente agradável! Depois, dir-vos-ei, com o tempo, outras pequenas orações, mas não vos quero sobrecarregar! O essencial será honrar-Me como vos disse, estabelecendo uma Festa em minha honra e servindo-Me na simplicidade dos verdadeiros Filhos de Deus, vosso Pai, Criador e Salvador do gênero humano!
Eis outro testemunho do meu Amor Paterno para com os homens: Meus Filhos, Eu não Vos falarei de toda a grandeza do meu Amor infinito porque vos basta abrir os Livros Sagrados, olhar para o Crucifixo, para o Sacrário e para o Santíssimo Sacramento, para poderdes compreender a que ponto Eu vos amei!
No entanto, para vos mostrar a necessidade em que estais de satisfazer a minha Vontade sobre vós, e para que Eu seja doravante mais conhecido e mais amado, quero antes de terminar dizer algumas palavras que são a base da minha Obra de Amor entre os homens, prova do meu Amor por vós!
Enquanto o homem não estiver na Verdade não poderá saborear, de modo algum, a verdadeira Liberdade: Vós acreditais estar na alegria. na paz, vós meus Filhos, que estais fora da verdadeira Lei, para cujo cumprimento Eu vos criei, mas no fundo dos vossos corações sentis que não há em vós nem verdadeira paz, nem verdadeira alegria, e que não estais na verdadeira liberdade d'Aquele que vos criou e que é o vosso Deus, o vosso Pai!