Quero ser conhecido, amado e honrado!

A Vida para a Glória do Pai

Quero ser conhecido, amado e honrado!

Vede: neste relato estamos apenas no primeiro dia do primeiro século e Eu desejo trazê-lo até aos nossos dias: ao século XX.

Ao dar-vos a vida, quis criar à minha semelhança. O vosso coração é, portanto, sensível como o Meu, e o Meu como o vosso!

Que não faríeis vós se um dos vossos próximos vos prestasse algum pequeno serviço para vos ser agradável? O homem mais frio conservaria sempre para com essa pessoa um reconhecimento inesquecível. Qualquer homem em geral procuraria mesmo o que lhe desse mais prazer para o recompensar pelo serviço prestado. Ora bem, Eu serei muito mais grato para convosco, assegurando-vos a vida eterna, se Me prestardes o pequeno serviço de Me honrar como vo-lo peço.

Reconheço que Me honrais através do meu Filho e há quem saiba fazer subir tudo até Mim por meio d'Ele, mas é um bem pequeno número! Contudo não penseis que ao honrar o meu Filho não Me honrais! Sim, vós Me honrais, pois Eu permaneço no meu Filho! Portanto, tudo o que é glória para Ele, é-o também para Mim!

Mas Eu gostaria de ver o homem honrar o seu Pai e Criador com um Culto Especial. Quanto mais Me honrardes, tanto mais honrareis o meu Filho, porque segundo a minha Vontade, Ele fez-Se Verbo Encarnado e veio até vós para vos dar a conhecer Aquele que O enviou.

Se Me conhecerdes, amar-Me-eis e amareis o meu Filho Bem-Amado, mais do que o fazeis agora. Vede quantas das minhas criaturas, tornadas minhas filhas pelo mistério da Redenção, ainda não estão nas pastagens que Eu estabeleci, por meio de meu Filho, para todos os homens. Vede quantos outros -- e vós os conheceis -ignoram ainda estas pastagens; e tantas criaturas saídas das minhas Mãos, de que só Eu conheço a existência, e vós não, que nem sequer conhecem a Mão que as criou!

Ah! Como Eu gostaria de Me dar a conhecer como o Pai Onipotente que sou para vós e que serei também para eles, pelos meus benefícios! Eu gostaria de os fazer viver uma vida mais doce, pela minha Lei. Gostaria que fosseis ter com eles em meu Nome e que lhes falásseis de MIM. Sim, dizei-lhes que têm um Pai que, depois de os ter criado, lhes quer dar os tesouros que possui. Sobretudo dizei-lhes que Eu penso neles, que os amo e que lhes quero dar a felicidade eterna.

Ah! Eu vos prometo: os homens converter-se-ão mais depressa!

Acreditai que se tivésseis começado desde a Igreja Primitiva a honrar-Me e a fazer-Me honrar por um culto especial, decorridos vinte séculos bem poucos homens teriam permanecido na idolatria, no paganismo e em tantas seitas falsas e más, nas quais o homem corre de olhos fechados para se precipitar nos abismos do fogo eterno! E vede quanto trabalho há ainda para fazer!

A minha hora chegou! É preciso que Eu seja conhecido, amado e honrado pelos homens, para que, depois de os ter criado, Eu possa ser o seu Pai, depois o seu Salvador, e por fim o Objeto das suas delícias eternas!

Até agora falei-vos de coisas que já sabíeis; quis recordá-las para que vos convençais realmente de que Eu sou um Pai muito bom e não terrível, como julgais, e também que Eu sou o Pai de todos os homens atualmente vivos e dos que hei-de criar até ao fim do mundo.

Sabei também que Eu quero ser conhecido, amado, e sobretudo, honrado. Que todos reconheçam as minhas infinitas Bondades para com todos e sobretudo para com os pobres pecadores, os doentes, os moribundos e todos os que sofrem. Que eles saibam que Eu só tenho um desejo: amá-los a todos, dar-lhes as minhas graças, perdoar-lhes quando estão arrependidos e sobretudo não os julgar com a minha Justiça, mas sim com a minha Misericórdia, para que todos sejam salvos e colocados no número dos meus eleitos.

Para concluir esta pequena exposição, faço-vos uma promessa cujo efeito será eterno:

Chamai-me pelo nome de Pai,
com confiança e Amor,
e recebereis tudo deste Pai
com amor e misericórdia.

Que o meu filho, o teu pai espiritual, saiba ocupar-se da minha Glória e pôr frase por frase o que te fiz escrever e também o que ainda te farei escrever, para que os homens achem fácil e agradável ler o relato daquilo que Eu quero que eles saibam, sem contudo acrescentar nada.

Todos os dias te falarei um pouco acerca dos meus desejos sobre os homens, das minhas alegrias, das minhas penas e sobretudo mostrarei aos homens as minhas infinitas Bondades e a ternura do meu Amor Compassivo.

Gostaria também que as tuas Superioras te permitissem empregar os teus momentos de liberdade para estares comigo e que pudesses, todos os dias, durante meia hora, consolar-Me e amar-Me e obter assim que os corações dos homens, meus filhos, fiquem bem dispostos para trabalhar para a extensão deste Culto, de que vos venho revelar a forma, para que chegueis a uma grande confiança neste Pai que quer ser amado pelos seus filhos.

Para que esta Obra, que desejo instituir entre os homens, se possa espalhar a todas as nações o mais rapidamente possível, sem que contudo aqueles que estiverem encarregados de a estender cometam a mais pequena imprudência, peço-te que passes os teus dias num grande recolhimento. Serás feliz por falar pouco com as criaturas e, mesmo quando estiveres no meio delas, falar-Me-ás e escutar-Me-ás no segredo do teu coração.

Eis, aliás, o que Eu quero que faças: Quando, por vezes, Eu te falar, escreverás as minhas confidências num caderno especial. Mas aqui, desejo falar aos homens: Vivo com os homens numa maior intimidade que uma mãe com os seus Filhos.

Desde a criação do homem não deixei um só instante de viver junto dele; como Criador e Pai do homem, sinto como que uma necessidade de o amar. Não é que Eu precise dele, mas o meu Amor de Pai e Criador faz-Me sentir esta necessidade de amar o homem. Vivo portanto junto do homem, sigo-o por toda parte, ajudo-o em tudo, supro a tudo. Vejo as suas necessidades, os seus sofrimentos, todos os seus desejos, e a minha maior felicidade é socorrê-lo e salvá-lo.